Sejam bem vindos! Leiam e aprendam sobre algumas coisas da cultura brasileira .

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Boi de Parintins

Em Parintins acontece uma das maiores festas de bumba-meu-boi. Uma competição entre dois grupos: os Caprichosos e os Garantidos, que tiveram origem em 1922. Os Caprichosos foram criados pouco depois dos Garantidos, por Félix Cid, o Feliz. O nome foi sugerido por João Meireles, fã de um certo boi Caprichoso que existia em Manaus. A idéia foi aceita por todos até por Emídio Vieira amo do boi Galante (que mais tarde viria a se tornar os Garantidos).

Os Caprichosos usam as cores azul e branca, pois pelo o que eles dizem, azul é a cor do céu, do amor fiel, da paz, é a cor que constrói a vitalidade, pois contrai as artérias e veias, aumentando a pressão do sangue, é a cor do equilíbrio e da harmonia, cor refrescante, calmante...e muito mais coisas.


Um desenho do boi Caprichoso

Os garantidos usam as cores vermelha e branca, pois, pelo o que eles dizem, vermelho é a cor da alegria, da vida, da saúde, da vontade de viver.Tudo dentro do nosso corpo é vermelho, o coração é vermelho...


Um esboço do boi Garantido


Os primeiros bois eram feitos muito simplesmente e com o passar do tempo a coisa foi crescendo.


Um dos primeiros bois- a estrutura

Tem várias histórias para explicar essa rivalidade toda. Uma delas é que tudo teria começado a partir da disputa pelo coração de certa moça, Dona Isolina, cortejada ao mesmo tempo por Lindolfo Monteverde e Luiz Gonzaga, primos que inicialmente gostavam do boi Galante. A disputa amorosa teria causado a separação e o surgimento de outro grupo. A partir daí cada um queria se exibir melhor para ganhar o amor da bela Isolina.


Os desfiles acontecem no centro cultural de Parintins, o Bumbódromo: um ginásio aberto onde acontecem eventos o ano todo.


São três noites de festival, e em cada uma das noites cada grupo, (Caprichosos e Garantidos) faz uma apresentação de duas horas e meia. Um sorteio decide quem abre e quem fecha a noite. Por noite cada grupo apresenta algo totalmente diferente, outra música, outro boi, outras alegorias...

Os grupos no final da festa são julgados em vários quesitos:

• Apresentador - É o mestre-de-cerimônias do Boi-bumbá, uma espécie de animador e comunicador que apresenta a entrada das figuras na arena e explica-as.



• Levantador de toadas – O principal cantor da apresentação.

• Marujada - Conjunto de percursionistas.

• Porta estandarte¬ – Moça bonita, vestindo fantasia especial, cheia de plumas coloridas que conduz o estandarte do Bumba e representa a cultura parintinense.



• Rainha do folclore – Personagem incorporado ao Festival como símbolo e expressão de toda a riqueza da região amazônica.



• Sinhazinha da fazenda – É a filha do dono da fazenda onde o boi mora



• Amo do boi – Antigamente, o boi tinha um dono: o amo. Hoje este amo participa de toda a apresentação ao lado do levantador de toadas e do apresentador.



• Boi–Bumba – Um boi mais tecnológico. Antigamente era mais rígido.




• Toada – Na festa de parintinense, o rufar dos tambores, o toque das palminhas e a harmonia seca do charango criam o ritmo das toadas.


Kim Viana nº25                         Fonte: Valentin, Andreas e Cunha, Paulo José.Caprichoso, A Terra é Azul.

domingo, 14 de março de 2010

O que é Bumba Meu Boi?




O Bumba Meu Boi é uma das maiores representações do folclore brasileiro e segundo historiadores, essa tradição popular surgiu através da união de elementos de duas culturas européias, africana e indígena.
Todos os presonagens são representados com coreografias de maneira muito alegórica e com roupas muito coloridas.

As brincadeiras de Bumba Meu Boi acontecem defronte à casa de quem convidou o grupo, e que patrocinará a festa. Embora surjam variações de uma região para outra, as representações normalmente seguem uma ordem. Primeiro, canta-se uma toada, que serve para juntar e organizar o grupo. Em seguida, entoa-se o Lá Vai, uma canção para avisar ao dono da casa e a todos que o boi deu a partida. Depois disso, vem a Licença, em que o boi e o grupo se apresentam, entoando louvores a santos, a personalidade ou vários outros temas (natureza, personagens folclóricos, etc). E para encerrar a apresentação, o grupo e a platéia cantam juntos O Urro do Boi e a Toada de Despedida.

Algumas regiões do norte, o boi é morto simbolicamente. O vinho representa o seu sangue, e sua "carne" (o manto que envolve a armação de madeira) é repartida entre os espectadores e participantes da festa. E para a próxima festa, outro manto será feito.

Existem festas similares em Portugal (Boi da Canastra) e no Daomé (Burrinha).


Giulia Heiffig Zuccato

sexta-feira, 12 de março de 2010

Biografias

São muitos os personagens dessa festa e alguns são bem conhecidos, mas poucos sabem que eles fazem parte dela. Aqui vou mostrá-los e dizer o que representam:

-> armação do boi pronta para a festa


Amo – dono da fazenda; comanda o grupo com o auxílio de um apito e de um maracá.


Mãe Catirina – mulher grávida que deseja comer a língua do boi. Em muitas das festas ela é esposa de Francisco e pede que ele mate o boi para satisfaze-la

Pai Francisco – empregado da fazenda que rouba ou mata o boi para satisfazer Catirina.

Boi – é o principal da festa, feito com uma armação de madeira em forma de boi coberta com veludo bordado. Uma pessoa, chamada de miolo do boi, fica dentro dessa armação e a conduz.

Índios, índias e caboclos – têm a missão de localizar e prender Francisco.

Clara Ignez Boucher

Origem da festa do Bumba-meu-Boi



Mapa do Maranhão, local de origem da festa


A lenda tem origem nordestina, que sofreu adaptação à realidade da amazônia. A festa do boi-bumbá surgiu mais especificamente no estado do Maranhão que exportou para o estado do Amazonas, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.
Foi um maranhense que levou a cultura do bumba-meu-boi para o Amazonas. Diz-se que foi uma promessa mas a brincadeira ficou prometida em continuar no Amazonas. A manifestação folclórica maranhense sofreu influência da cultura amazonense, modificando seus aspectos originais. Nasceu então, o boi bumbá com características amazonenses.
Simples, emocional, direto, linguagem oral, narrativa clara e uma ampla identificação por parte do público, tomando semelhanças com a comédia. Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes.




Marina Schor

História do Bumba-meu-Boi





Bumba-meu-Boi em festa

No Maranhão conta-se que, a Mãe Catirina, grávida, deseja um saboroso prato regado de língua de boi. Pai Francisco, preoucupado em satisfazaer a vontade da amada esposa, mata o melhor animal de seu patrão e foge.

O dono da fazenda, indignado e revoltado, resolve fazer justiça e manda os vaqueiros e os índios saírem à caça do fugitivo. Ao ser pego e preso, Pai Francisco pede socorro ao pajé, que realiza um grande ritual ressucitando o boi para a alegria de todos.

Beatriz Miyuki Shinye

Cacterísticas dos personagens da apresentação

Festa do bumba meu boi.


O boi é a principal figura, consiste numa armação de madeira em forma de touro, coberta de veludo bordado. Prende-se à armação uma saia de tecido colorido. A pessoa que fica dentro e conduz o boi é chamado miolo do boi.



Os índios, índias e caboclos, na apresentação eles proporcionam um belo efeito visual, fato que se deve à beleza de suas roupas e da coreografia que realizam. Eles se vestem como índios, com cocares e pinturas no corpo.



A burrinha aparece em alguns grupos de bumba-meu-boi, trata-se de um cavalinho ou burrinho pequeno, com um furo no meio por onde entra o brincante, a burrinha fica pendurada nos ombros do brincante por tiras parecidas com um suspensório.



O cazumbá é um personagem divertido, mas às vezes assustador, que usa batas coloridas e máscaras de formatos e temas muito variados. Não são todos os grupos de bumba-meu-boi que tem cazumbás.

Júlia Módolo Marcondes